segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010!

Um novo ano chega e junto renovam as esperanças, sonhos, diposições, ânimos, etc.
É uma pausa pra refletirmos o que vivemos nos últimos 365 dias, e reavaliarmos nossas vidas.

Paramos para pedir dias melhores, e nesse momento refletimos sobre o que é importante pra nossas vidas e o que podemos desejar para que tenhamos dias melhores.

Pensando no que desejar para mim, para meus amigos e família, cheguei a conclusão de que quero uma mente sã num corpo são. Me veio a frase do poeta romano Juvenal que diz " mens sana em corpore sano". Esse é apenas um trecho da poesia do livro As Sátiras.

Esse provérbio chama atenção pelo fato da união que deve existir entre corpo e mente. Acredito que tudo que acontece com o corpo nada mais é do que reflexo da mente, que recebe as energias boas ou ruins e transforma em benefício ou malefício para o nosso corpo e tudo ao nosso redor. Isso me lembra um outro provébio que minha mãe sempre me dizia "cabeça que não pensa o corpo padece"...rs.

Portanto o que desejo a todos nesse novo ano é que tenhamos mente sã num corpo são, porque tenho certeza que com esse equilíbrio, teremos sempre força, saúde, fé e muita alegria para seguir em frente, apesar de qualquer adversidade. Segue aí mais um trechinho da poesia de Juvenal:

Reze para que a mente seja sã dentro de um corpo são.
Peça uma alma forte que não tema a morte,
que ponha o comprimento da vida entre as bênçãos da natureza,
que seja capaz de suportar toda espécie de sofrimento,
que não se irrite, nada cobice e acredite
que a dureza e selvageria dos trabalhos de Hercules são melhores que as satisfações,
festas e a cama de penas de Sardanapalo.
Aqui revelo o que cada um pode dar a si mesmo:
com certeza, o caminho único para uma vida tranquila está na virtude.


Bom amigos, leitores, família, sei que é o tipo de coisa que não conseguimos assim da noite pro dia, conseguir o equilíbrio é algo que devemos exercitar diariamente...e se falhar um dia, não tem problema é só recomeçar no novo amanhecer. Essa é minha mensagem e meus votos para 2010!
Bjos a todos!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não estás deprimido, estás distraído

Olá pessoas,
sabe aquelas coisas que você lê e ouve, e simplesmente pensa "uau! Sem comentários!",pois é. Esse é o texto de hoje, não tenho o que comentar.Apenas refletir!

O texto tirei da coluna Altos e Baixos de Malu Estevão.
Deixo aqui o link para que possam conhecer outros artigos: http://www.radioalternativaonline.com/?area=news&id=298

Espero que gostem.Uma boa leitura e reflexão a todos.
Bjos

Não estás deprimido, estás distraído

Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.

Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me. O que é fundamental para viver.

Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.

Não estás deprimido, estás distraído.

Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.

Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.

E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte, apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.

Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;
a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.

Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.
E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo".
Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.

Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.

Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.

E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas:
se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)
Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade,
disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.

Não estás deprimido, estás desocupado.

Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.

Se Deus possuísse uma geladeira teria a tua foto pregada nela. Se Ele possuísse uma carteira tua foto estaria nela. Ele te envia flores a cada amanhecer, a cada manhã. Cada vez que desejas falar Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Encara amigo, Ele está louco por ti.

Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva. Porém Ele te dá força para cada dia, consolo para as lágrimas e luz para o caminho. Não, … não estás deprimido, … estás distraído!

Facundo Cabral

sábado, 24 de outubro de 2009

Comunicação X Informação

Olá pessoas,
tenho tentado na medida do possível procurar bons textos (além de tentar escrever também textos meus...rs)para que possamos ter aqui boa informação, textos que nos fazem refletir, discutir idéias, opiniões, etc.


Essa semana conversando com um professor ( que alías já é um novo leitor do blog) me passou, o endereço do blog, do Claudio Weber Abramo,um Bacharel em Matemática e Mestre em filosófia da ciência, diretor da Transparência Brasil - uma organização independente e autônoma, fundada em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações não-governamentais comprometidos com o combate à corrupção. Achei isso ótimo...rs. Portanto o texto abaixo foi escrito por ele.
Deixarei aqui o link do seu blog e do Transparência Brasil, para aqueles que queiram saber mais e ler mais de seus artigos.
Tenham todos uma boa leitura
Bjos




"FLUXO ATRAVANCADO

Devido a sua evidente relevância nas relações sócio-políticas, a comunicação é objeto de discussão frequente. “Frequente” não significa que seja ampla no sentido demográfico.


Quem se ocupa desse assunto é uma parcela ínfima da população, e mais ínfimo ainda é o subconjunto daqueles que abordam a questão com algum embasamento ou conhecimento de causa.



Não é para menos. O Brasil é um país de analfabetos, conforme mostra o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional, produzido pela Fundação Paulo Montenegro. Em 2007, ano do último levantamento, nada menos de 73,8% da população brasileira era analfabeta funcional, ou seja, mostrava-se incapaz de compreender um texto simples que lessem.


O analfabetismo funcional tem forte relação com o grau de escolaridade, mas não é idêntico a este. Ter chegado ao ensino médio e mesmo à universidade não garante alfabetização plena.

Assim, enquanto 64% daqueles que frequentaram total ou parcialmente as quatro séries do ensino fundamental são analfabetos funcionais, o mesmo acontece com 27% dos que passaram pelos quatro anos seguintes (o antigo ginásio), com 8% dos que chegaram ao secundário e com 2% dos universitários. (A referência aos anos da escola transformou-se em exercício de desvendamento de enigmas, introduzindo um potencial de confusão particularmente na construção de séries históricas.



Não existem mais 1ª, 2ª etc. séries, mas “anos”. A 1ª série corresponde ao 2º ano e assim vamos. Algum gênio da educação deve ter achado que “curso primário”, “curso ginasial”, “curso colegial” são expressões politicamente incorretas, ou algo semelhantemente sensato.)


Então, a comunicação e seus vagares é tema de pouquíssimos.
Um dos motivos pelos quais no Brasil se comunica pouco (e quando se comunica costuma haver mais calor do que luz) decorre da inadimplência de muitos dos intermediários naturais da informação.


Explica-se: informação só existe em fluxo. Dados guardados em repositórios e que não sejam transmitidos de um emissor a um receptor não constituem informação.


Os intermediários da informação são aqueles que, por motivos diversos (normalmente movidos por interesses ou por aspirações), coletam dados de certo tipo e os submetem a agregação, filtragem e interpretação, com o objetivo de explicar ou focalizar algum aspecto do mundo.

Em tese, tais intermediários são associações profissionais e empresariais, sindicatos de trabalhadores, associações comunitárias, ONGs, acadêmicos.


Naturalmente, a imprensa é o intermediário mais importante, embora em diversos territórios ela se situe na ponta, e não no início, da cadeia de transmissão de informação. Não se deve esperar da imprensa que analise em profundidade nenhuma espécie de assunto, e nem que se ocupe de todo e qualquer assunto.


Assim, para que haja um fluxo de informações a respeito de indicadores educacionais, ou de saúde, ou de saneamento, ou de produção de minério de manganês ou qualquer outra coisa, é imprescindível que algum intermediário anterior tenha coletado e analisado dados primários.

Quem faz isso, no Brasil? Muito poucos.


Quantas ONGs brasileiras produzem algum tipo de informação objetiva a respeito de sua área de interesse, ainda que seja para guiar a sua ação? Contam-se nos dedos.


Quantas associações empresariais se ocupam de produzir estatísticas concernentes a sua área de interesse? Tome-se a maior delas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, FIESP. Ganha um sorvete de pimenta-do-reino quem encontrar alguma espécie de estudo aprofundado produzido por essa entidade. A única produção dela é o índice de emprego da indústria.


A informação especializada é, no Brasil, tratada como todo o resto. Constitui bem privatizado pelas elites (entre as quais se incluem as sindicais, as das ONGs etc.) e pelas oligarquias (que, não raro, têm linha direta com o Estado e acessam privilegiadamente informação que deveria ser pública).


Ou seja, existem fluxos de informação, mas circulam entre os donos do poder.

Como a imprensa é também altissimamente concentrada, o resultado é que a população brasileira vive num mundo de desinformação.
O diabo é mudar isso, pois a razão fundamental é econômica — e mudar a economia é algo que apenas se faz contrariando os interesses dos que se beneficiam da situação."


Ou seja pessoas, se não buscarmos por nós, se não nos interessarmos,vamos ficar a ver navios. Porque não é interessante informar, educar e passar conhecimento para o povo.
É preciso que o interesse parta de cada um de nós. Temos que ter a consciência de que só o conhecimento nos libertará, e que para adquirir esse conhecimento temos que ir a luta.












terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mantra

Oi pessoas,
to um pouco sem tempo pra escrever, porém tentarei postar aqui alguns textos de outros autores.
O post a seguir trata-se da letra de uma música de Nando reis e Arnaldo Antunes.
Acho a poesia dela espetacular!
Bjos


Mantra


Quando não tiver mais nada

Nem chão, nem escada

Escudo ou espada

O seu coração... Acordará


Quando estiver com tudo

Lã, cetim, veludo

Espada e escudo

Sua consciência... Adormecerá


E acordará no mesmo lugar

Do ar até o arterial

No mesmo lar, no mesmo quintal

Da alma ao corpo material


Quando não se tem mais nada

Não se perde nada

Escudo ou espada

Pode ser o que se for, livre do temor


Quando se acabou com tudo

Espada e escudo

Forma e conteúdo

Já então agora dá, para dar amor


Amor dará e receberá

Do ar, pulmão; da lágrima, sal

Amor dará e receberá

Da luz, visão do tempo espiral


E quando não tiver mais nada

Nem chão, nem escada

Escudo ou espada

O seu coração... Acordará.


Quando estiver com tudo

Lã, cetim, veludo

Espada e escudo

Sua consciência... Adormecerá


E acordará no mesmo lugar

Do ar até o arterial

No mesmo lar, no mesmo quintal

Da alma ao corpo material.


Quando se acabou com tudo

Espada e escudo

Forma e conteúdo

Já então agora dá, para dar amor

Amor dará e receberá

Do ar, pulmão; da lágrima, sal


Amor dará e receberá

Da luz, visão do tempo espiral

Amor dará e receberá

Do braço, mão; da boca, vogal

Amor dará e receberá

Da morte o seu guia natal.

(Nando Reis/ Arnaldo Antunes)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brasil Brasileiro

Olá pessoas,
anda circulando pela internet o texto que colocarei hoje. Não tem nome da autora, porém dizem tratar-se de uma menina de Joinville de 14 anos, que escreveu esse texto para participar de um concurso de redação na escola da rede Municipal, ela ficou em primeiro lugar. Ela se inspirou exatamente na letra do Hino Nacional. Achei sensacional!

Boa leitura!
Bjos a todos!

Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:

- O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe!

E ele, espreguiçando- se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: - Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes.

O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.

Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.

Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido."

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Rio Olimpíadas 2016


Olá pessoas,
...tardo mais tento não falhar...rs!
Hoje gostaria de demonstrar minha alegria pela escolha do Rio para sediar as olimpíadas 2016.
Tenho ouvido muitos comentários negativos sobre essa conquista do Brasil. Comentários do tipo; "milhões de pessoas morrendo de fome, analfabetismo, violência, serviços públicos precários, etc... e o governo preocupado em sediar as olimpíadas".
Apesar de nada disso ser mentira, acredito que essa conquista deve ser comemorada sim. Adquirimos o hábito de culpar o governo por tudo, porém nos esquecemos que quem constitui o governo são os cidadãos brasileiros, como nós...
...ou melhor o país é reflexo do povo, da cultura, e dos valores nele aplicados.
Já vi muitas pessoas baterem no peito e dizer que anula o voto...
...aí eu pergunto; - Que direito tem de cobrar depois? Mas sim, eles se acham nesse direito.
Os políticos vendem os votos...correto?. Porém só se vende quem quer!
Acredito que quando temos interesse por alguma coisa, corremos atrás.
São inúmeras as histórias de pessoas que não tinham o que comer e venceram na vida, estudando em escola pública, passando em faculdades federais, estaduais, se formando, se pós graduando, etc. Mas essas conquistas exigem esforço, determinação, disciplina, garra, força, coragem, foco, características essas não muito atraentes para um povo acostumado a tirar vantagem de tudo.
Muitos que mendigam na rua o fazem por ser mais fácil e até mais lucrativo do que ir trabalhar, ou melhor, virou profissão. Já aconteceu de me pedirem dinheiro na rua e eu oferecer de pagar um lanche e o pedinte me xingar. Uma amiga certa vez foi abordada, e ela ofereceu uma roupa pra passar em troca de um pagamento, o pedinte riu da cara dela.
Penso que a culpa do subdesenvolvimento do país é do cidadão brasileiro, que fica na sua zona de conforto criticando, sem nem saber o que.
Vejo pessoas se interessando e gastando dinheiro para comprar o livro da "Bruna Surfistinha" ( o livro trata-se de suas aventuras na época em que era profissional do sexo). O sucesso foi tanto, que agora gasta-se dinheiro para produzir um filme com suas histórias. Não tenho nada contra ela, ou contra sua literatura, que isso fique claro. Meu questionamento é contra o tipo de interesse do povo. Ningúem está muito preocupado em se informar, em adquirir conhecimento. Por que uma coisa é fato, quando adquirimos conhecimento, conseguimos galgar melhores caminhos.
Um cidadão que ama sua pátria, com certeza está como eu, feliz, honrado, orgulhoso.
Somos um povo sofrido, muitas vezes humilhados e massacrados, por nós mesmos...por nossa falta de respeito de uns com os outros, com nossa malandragem, com o equívoco de achar que ser inteligente é ser esperto, com nossa falta de disciplina, com a dificuldade em respeitar regras, leis e diferenças, com a falta de boa vontade em unir forças para o bem comum, pela infeliz capacidade que temos em levar vantagem em tudo, mesmo que pra isso tiremos de quem tem ainda menos que nós.
Temos energia e potencial, porém usamos contra nós mesmos. Ao invés de promover nosso país, jogamos na lama. Agimos como se fossemos vitímas do sistema...

NÃO! Somos vítimas de nossa ignorância e falta de amor por a nossa terra.

Tenho visto ultimamente(..e muito), uma frase que não sei exatamente de quem é, mas que diz mais ou menos assim: " ...seja você a mudança que quer para o mundo"...acho que é por aí mesmo.

A mudança precisa começar conosco, mudar nossos valores, nossos pensamentos, nossos conceitos e precconceitos, nossa ignorância, nossa falta de ética e educação. Os que nos representam no governo, não passam de reflexo do que somos.

Não é o país que não presta...quem faz o país é povo que nele habita .

Eu amo minha pátria. Me arrepio toda vez que toca o Hino Nacional(álias o hino mais lindo do mundo...rs), me emociono e torço por cada conquista do meu país.

Agradeço todos os dias por ser brasileira.

Acredito no potencial do nosso povo e no desenvolvimento do nosso país, só depende de nos educarmos.

E sim, estou muito feliz, por meu país, Minha Pátria Amada, ter sido escolhida para sediar as olimpíadas de 2016.

PARABÉNS RIO! PARABÉNS BRASIL!

Bjos a todos!

domingo, 27 de setembro de 2009

Atitude Social

Olá pessoas,
primeiramente peço desculpas pela minha falta, mas a meta de um assunto por semana continua...estou tentando...uma hora eu consigo...rs.

O texto foi escrito por José Alberto, 46 anos, administrador formado a quase um ano, e cadeirante a 16 anos. Aos trinta anos sofreu um acidente de carro, sofreu uma lesão medular, que lhe tirou os movimentos da cintura pra baixo.

Portanto o assunto tratado hoje e escrito por ele próprio, é de pura autoridade em tudo que diz.
Espero que todos tenham a chance de refletir.

José Alberto é uma pessoa daquelas em que eu agradeço a Deus por ter colocado no meu caminho, pois tive a chance de aprender e ainda aprendo muito com ele. Pude ver de perto as limitações de um cadeirante, e podem crer, estar sentado em uma cadeira é o menor dos problemas.

Mas ele é uma pessoa completamente independente, ano passado se formou em administração, frequentou a faculdade quase não tendo falta . Tem um filho de 16 anos que mora com ele, está separado a 4 anos, e desde então mora sozinho... cozinha (aliás sou fã da sua sopa, da torrada com alho então...rs), cuida da sua casa e da sua vida, sozinho. Não estou falando aqui apenas de um autor do texto de hoje...estou falando de uma pessoa que faz parte da minha vida, e que desde então tem contríbuido para me transformar numa pessoa melhor.

Enfrentou e enfrenta todas as limitaçoes de um cadeirante, mas não deixa o mar engolir ele...luta todos os dias por dias melhores, com a felicidade, dignidade e humor que poucos tem. Alías é uma pessoa extremamente inteligente e capaz...um cidadão com opiniões, crítico como qualquer outro.

A única diferença dele e as ditas "pessoas perfeitas", são algumas limitações FÍSICAS...nada de limitações pisíquicas nem intelectuais.

Bom acho que já falei demais...desculpem-me... O texto fala por si só. APROVEITEM!!!


Atitude Social


A título de informação, os Estados Unidos da América, assim como todos os países da Europa, e alguns no Oriente Médio como Líbano, Síria, Líbia, Emirados Árabes, Kuait, Catar (Oriente Médio Pacífico) estão mais adequados às novidades do mundo inclusivo. Isso porque são países onde as Pessoas com Deficiência (PCD) são advindos das muitas guerras, e assim, vistos como heróis sua inclusão é automática.

Porém, no Brasil, não foi isso que aconteceu, somos pacíficos, e por isso as PCDs brasileiros são produzidos pela violência do trânsito, das ruas, nas más formações genéticas, congênitas, doenças, enfim somos vistos como um “peso” social e assim, discriminados, lançados as margens de uma sociedade hipócrita.

Nos esquecemos que se nossos filhos estudassem em Escolas Inclusivas, conviveriam com as diferenças e se tornariam adultos melhores. Quando Nosso estabelecimento comercial é inclusivo, aumentamos nossas possibilidades de negócios em mais de 40%, e não podemos negar que a seletividade comercial pelas ditas “Empresa Amiga da Criança”, “Ecologicamente Correta”, “Qualidade Total” além do nível de exigência de atendimento pelo mercado consumidor tem aumentado muito. Mais do que nunca todo cliente é importante.


Segundo o IBGE, no último senso(2000), somamos 24.600.000 PCDs no Brasil, aumentando este número em 10.000 todos os meses, 500 por dia só vítimas da violência das ruas e do trânsito.

Uma pequena, muito pequena parte deste número pertence às classes A e B, são consumidores normais. Porém, a maioria não dispõe de recursos financeiros nem mesmo para suprir suas necessidades médicas básicas (coletores urinários, e dispositivos para incontinência urinária, colas cirúrgicas, fraldas descartáveis, cadeiras de rodas, almofadas anatômicas, meias de compressão, curativos, etc) tudo isso acontece porque este é um país “exclusivo”.
Quanto a um Brasil inclusivo, as oportunidades serão iguais para todos, as Pessoas com Deficiência, desde a pré-escola até a universidade serão tratados com igualdade de condições, praticarão esportes e disputarão o mercado de trabalho “ombro a ombro” com os ditos “normais”. Terão salários compatíveis, casar-se-ão e constituirão suas famílias, as sustentarão, serão pais de família melhores, enfim, sem o stress de uma vida dificultosa e cheia de obstáculos por vencer serão pessoas absolutamente normais.

Não serão mais um "peso" à Previdência porque produziram e contribuirão, aposentar-se-ão por tempo de serviço e não por “invalidez permanente”, poderão então abrir um negócio próprio e assim voltarão a contribuir.

De tudo fica uma pergunta:
- Quanto custa incluir o Brasil?
Eu pergunto:
-Quanto custa, mensalmente, manter aproximadamente 24.600.000 excluídos?
Só a Previdência Social deixa de arrecadar mais de R$ 1.5 bilhões. Além disto, aposentam-se e passam a custar R$ 7.5 bilhões aos cofres (cálculo efetuado com base em um salário mínimo de R$ 300 per capita). Mais aí alguém pode questionar: Em que isto me afeta? Pois é, nós todos sabemos, ou deveríamos saber qual a situação atual da Previdência. O número de contribuintes está diminuindo, enquanto o de aposentados e pensionistas está aumentando, será que quando você tiver idade ou precisar aposentar-se isso será possível? .
-rs....como é, já está se sentindo afetado?

Por isso, já é hora de reconhecermos que temos subestimado uma classe de brasileiros apenas porque os julgamos menores, incapazes de desempenhar uma função ou até mesmo de estudar, mantendo assiduidade numa escola como qualquer outra pessoa pode fazer. Nos esquecemos muitas vezes que esse tipo de adversidade tem um primeiro momento de dor e depressão, porém depois a capacidade de transpor obstáculos e vencer dificuldades é muitas vezes aumentada.
Então é tempo de mudar a visão e reescrever a história desses que também formam o povo brasileiro.


J.Alberto C. Rocha.
Consultor de Administrativo